Recentemente, uma colega minha comentou num post que agora, com o início do segundo semestre, teria certamente imenso para falar.
Não é preciso ser-se um grande profeta para imaginar isso. Basta ter noção do que nos últimos anos tem acontecido. Por isso, sem grande espanto, já está tudo errado pela Faculdade.
O “pão da discórdia” é a colocação dos alunos pelas turmas. E chega a ser cómico. Não sei como será nas outras faculdades, mas na minha é um sistema chamado “Manifestação de Preferências”. Em termos técnicos, a funcionalidade é quase simples. Mas pô-la em prática é que não são “favas contadas”. Primeiro, apresentam-nos as várias turmas existentes. Destas, escolhemos os blocos que mais nos satisfazem. Posteriormente, pela net, indicamos pelo menos 3 dos que nos interessam (até um máximo de 5 preferências). E a seguir… esperamos!
Há que ter em atenção que, para o ano em que tenhamos mais “créditos”, ficamos com uma turma. Se estivermos inscritos em mais que um ano, nos restantes, escolhemos um horário que nos agrade para cada disciplina.
Até aqui, tudo bem: segui os passos e aguardei.
Passados uns dias, chegou o meu horário. Fiquei siderado! Não havia nem uma primeira opção! Meia dúzia de segundas opções… E o resto, isso sim assombroso, nem sequer pertenciam às minhas 5 sugestões.
Lógico que fiquei possesso. Mas na altura esperei para ver como poderia resolver o imbróglio. Poderia calhar-me o direito a obter uma “permuta”.
Mas fiquei ainda mais revoltado quando recebi um e-mail todo pimpão da direcção da Faculdade, onde se congratulavam pelo sucesso obtido na distribuição dos alunos, dizendo que 86% dos alunos tinham ficado na primeira opção e 98% na primeira ou na segunda.
Claro que me sinto muito aborrecido por pertencer aos 2% dos excluídos! Por isso, contactei o “Senhor Doutor”, perguntando-lhe como poderia resolver a minha situação.
Qual não é o meu espanto quando o “jovem”, num simpático e atencioso mail, me responde que isso não seria possível porque, estando inscrito a 7 disciplinas, “DAVA MUITO TRABALHO”!
Pensei: Uuuuiiiiii!... (FOD***E!!!) (AI O CAR***O!!!!) “Muito trabalho”??? Mas… não é para isso que és pago a peso de ouro???
Não entendo. Já é o segundo marmelo daquele antro que me diz que não quer saber das coisas porque “dá trabalho”. Penso, para mim (é para isso que lá ando - aprender a pensar por mim!), que há algo que não anda nada bem lá por aquelas bandas!
O mais “engraçado” foi mesmo no dia em que as aulas reiniciaram. Andava tudo em alvoroço. Porquê?... Exactamente! Os horários não estão do agrado!
O fenómeno que achei mais curioso foi mesmo o facto de que, de todas as pessoas com quem falei, não havia (literalmente) ninguém colocado onde queria ou satisfeito com o horário. Aliás, alguns chegam mesmo a ter disciplinas que não podem frequentar porque são leccionadas à mesma hora que outras (por isso, serão obrigados a optar por uma das duas).
Isto pôs-me a pensar… Mas não eram 98% que, segundo o “Senhor Doutor” estavam na “faixa de sucesso”?... Então porque é que, de toda a gente com quem falei, ninguém estava onde queria?
A resposta surgiu de um colega numa “tirada” brilhante - “certamente nós conhecemos somente os 2% da população estudantil que, connosco, fazem parte da “ralé” desprezada da mesma”. Pertencemos, portanto, ao resíduo.
Mas eu não sei porque é isso. Afinal, todos pagamos o mesmo, certo? Então, quero ter os mesmo direitos que os restantes 98%!
É fazer o favor de pôr isto direito que eu e TODA a gente quer ir para o sítio que escolheu. Não quero que um “baldas” me diga para ficar onde o "dado ditou" só porque dá trabalho organizar as coisas e fazê-las como deve ser. Já estou FARTO de tanta incompetência e, sobretudo, má vontade e arrogância!
Desta vez, estou mesmo revoltado e quero ver isto resolvido. Por isso, como dizia o outro: “Mi aguarda, vai!”